24.8.15

Traço de concreto (mistura)


"Vô Lule, me falaram que eu precisava acertar o traço do concreto... Mas eu nem sabia que o concreto desenhava!!!"

O "traço" nada mais é do que a quantidade de cada um dos elementos sólidos que formam o concreto, respectivamente: cimento, areia, pedra brita. Isso significa que um concreto de traço 1:2:3 seria um concreto preparado com 1 medida de cimento, 2 medidas de areia e 3 medidas de brita.

Essas medidas são as mais variadas possível, pode ser utilizado um balde, uma pá, um carrinho de mão, uma lata, enfim, o importante é que sejam observadas as proporções pois a diferença entre essa mistura influencia na resistência do concreto!

A resistência do concreto é representada pela sigla "FCK" e mede a Resistência Característica do Concreto à Compressão, o resultado é medido em "MPa", ou mega Pascal. Pascal é a pressão que a força de UM Newton exerce uniformemente sobre uma superfície plana com área de 1m², essa que é perpendicular à origem da força. O Mega Pascal (Mpa), portanto, é um milhão de Pascal, ou seja, 10, 1972 kgf/cm². (Ex: Um concreto de FCK 18 MPa tem resistência aproximada de 183,42 kgf/cm²).

Te asustei ei? Mas se acalme, você não precisa decorar esses significados, basta ficar de olho no projeto e obedecer as especificações!

Vamos listar os traços mais comuns que utilizamos no Brasil e suas principais aplicações:


Como sempre: consulte um profissional! Esses dados servem apenas para seu entendimento!!!

Arriverdeci!


28.7.15

Aterramento (fio terra)

E io que estava distraído me fui pego de surpresa pela pergunta de uma nina que estava com cara de deboche:

"Vô Lule, o senhor já fez um fio terra? Funcionou?"

Cramenta... Si! Já fiz vários! E tutto eles funcionaron!!! Va bane, para que servem os fio terra?

O aterramento tem 3 funções principais:
  • Proteger você das descargas atmosféricas, através da viabilização de um caminho alternativo para a terra, evitando que a eletricidade atravesse o teu corpo (dizem que dói);
  • Muitos equipamentos geram "cargas estáticas" que podem ficar acumuladas em suas carcaças, o fio terra "descarrega" essas cargas para a terra, ao invés de descarregar e você (dizem que dói);
  • Otimizar o o funcionamento dos dispositivos de proteção como os fusíveis e disjuntores, auxiliando evitar perdas de equipamentos ligados a eles.

Agora que já sabe que o aterramento serve para evitar choques elétricos e financeiros, você percebe que na sua casa não existe o tal do aterramento... Tem um monte daquelas tomadas novas terríveis com 3 buraquinhos mas sempre falta um fio para o buraco do meio... Pois é, o buraco do meio é reservado para o fio terra.

Você não precisa instalar uma haste de aterramento para cada tomada! Basta aterrar o quadro de distribuição e ligar um fio desse quadro até cada tomada que precise aterramento (sim, todas deveriam ter, mas...). O fio terra é definido por norma na cor verde e amarelo, sempre, é norma!

Importante: fio terra não é a mesma coisa que fio neutro! Pois pelo neutro há corrente circulando, e pelo terra, não.

O que você vai precisar: uma (ou mais) hastes de aterramento, fio verde e amarelo, conectores, chave de fenda, alicate, água (mangueira), marreta e paciência!



Munido dos equipamentos, vamos lá:

Encontre um lugar para a haste, no chão obviamente (talvez por isso se chame terra) de preferência perto do quadro. Se não tiver um lugar com terra aparente (jardim), lamento, mas terá que quebrar um pedaço do piso...
  1. Faça um pequeno buraco e deixe escorrer água dentro por alguns minutos.
  2. Faça um pouco de força e procure enterrar a haste com as mãos, se esforce! Você consegue!
  3. Tire a haste e deixe escorrer mais água no buraco, que agora ficou mais fundo.
  4. Force novamente a haste com as mãos...
  5. Mais água...
  6. Quando não conseguir mais puxar a haste para fora do buraco, aí não tem mais jeito... Tem que descer a marreta até que fique apenas uns 10 centímetros da haste para fora da terra, como na imagem acima.
  7. Pronto! Prenda o fio terra na haste e no quadro e pronto!
Non foi tão difícil, foi?

Arrivederci!


20.7.15

Verniz ou Stain?

"Vô Lule, o senhor que é muito cara de pau deve saber me explicar qual a diferença entre verniz e stain..."

Caspita! Começaron as piadinhas desses bambini... Ma va bene, io gosto!

Primeiro, como sempre, precisamos falar sobre a semelhanças e diferenças dos produtos. Parece absurdo, mas existe apenas uma característica em comum entre os dois produtos: ambos servem para madeira! Aí, claro, as diferenças são enormes...

Verniz
É um acabamento de "poro fechado", ou seja, ele forma uma película (filme) sobre a madeira. É um acabamento elástico, mas pode apresentar trincas devido a ação do sol e chuva.

Stain
Por sua vez, o stain é um acabamento "poro aberto", é impregnante. Ou seja ele não forma uma camada na madeira (ou forma uma muito fina), ao invés disso ele é "absorvido" pela madeira e "entra" em seus veios.

Encontrei essa imagem na internet (se alguém encontrar o autor, por favor me avise) que ilustra bem a diferença entre "película" e "impregnante":


Manutenção
Acredito que a maior diferença entre os dois produtos é a manutenção.

Verniz: é necessária a remoção do produto velho, lixando bem a madeira, o que dá um certo trabalho. Caso não lixe, as películas vão se acumulando e a a madeira vai ficando com aspecto de "plástico".

Stain: vai se "dissolvendo" com o decorrer dos dias, literalmente vira pó! Assim, na hora de retocar basta um lixamento bem leve e uma boa limpeza e pronto! Pode passar o stain novo!

Qual o melhor?
Depende de vários fatores... mas o que mais conta certamente são: estética e manutenção, mas como não sei teu gosto nem o tamanho da tua preguiça, io non vou opinar! ;)

Arrivederci!



16.7.15

Espessura de cabos elétricos

Ciao Bambini!

Aqui no sul do Brasil está frio... e muitas casas contam com chuveiros elétricos. Aí a madonna acorda, se espicha toda e quando vai preparar o banho vem aquele cheiro de queimado...

"Mama mia! Que é isso Vô Lule?"

Pois bem, o problema do cheiro de queimado que vem das instalações elétricas em 99,99% dos casos a culpa é o condutor (fio) queimando, normalmente porque a bitola (espessura) é menor do que precisaria ser.

Vale lembrar que no Brasil quem normatiza e regulamenta as espessuras e qualidades é o INMETRO e a ABNT, e obviamente as normas devem ser seguidas, para sua segurança! Oras bolas.

"Ah... mas se o problema é fio fino, eu vou tacar uns fio grosso lá em casa e pronto!"

É... não vai mais aquecer a rede, mas vai esfriar também o seu bolso! Não precisa utilizar um condutor de 10,00mm para acender uma lâmpada, e não pode utilizar um de 1,00mm para ligar a geladeira! Sempre, o mais correto é consultar um profissional, mas, para ajudá-lo nessa dúvida, segue uma tabelinha com espessuras e amperagens mais comuns utilizadas em nosso país. Os valores estão em milímetros (mm) e ampères (A)

15 A > 1,5mm
21 A > 2,5mm
28 A > 4,0mm
36 A > 6,0mm
50 A > 10,0mm

Seguindo esses valores você estará em segurança e não vai gastar dinheiro a toa!

Arrivederci!



9.7.15

Com qual vidro eu vou?

Bambini,

Hoje acordei e li a seguinte pergunta: "Mas vovô, qual vidro eu coloco na janela da minha sala?"

Para responder, preciso antes falar um pouco sobre o vidro e as principais opções de vidro utilizadas na construção civil. Dizem que 4.000 anos AC já existia o tal do vidro que era - basicamente - o resultado do resfriamento da mistura (salitre e soda) feita a uma altíssima temperatura. Suas principais qualidades são a transparência, a dureza, a durabilidade e, em tempos de superlotação planetária, a reciclabilidade.

Existem muitos, sério, muitos tipos de vidro hoje, mas, como a questão é uma janela numa casa, vamos nos ater aos tipos mais utilizados:


Vidro plano
Também chamado de float ou comum, é o vidro mais utilizado. É um vidro plano transparente, incolor ou colorido, com espessura uniforme e massa homogênea. É o vidro ideal para aplicações que exijam perfeita visibilidade, pois não apresenta distorção óptica, e possui alta transmissão de luz. É a base para os demais vidros, e, é o mais barato. As desvantagens são a fragilidade e o fato de não isolar som nem raios solares.

Vidro temperado
É um vidro que recebe um tratamento térmico (é aquecido e resfriado rapidamente), que o torna mais rígido e mais resistente à quebra. Em caso de quebra produz pontas e bordas menos cortantes, fragmentando-se em pequenos pedaços arredondados, evitando estilhaços que possam nos machucar.

Vidro laminado
É um conjunto de duas ou mais chapas de vidro (comum ou temperado) unidas por uma película plástica ou acrílica. Essa opção de vidro atende às exigências mais rigorosas de segurança,controle sonoro, controle de calor (lâminas refletivas), etc. Existe uma película que filtra até 99,6% dos raios ultravioleta, os principais responsáveis pelo descoloramento de móveis, tecidos e objetos além de, em excesso, ser nocivo à saúde.

Enfim, com esses três exemplos mais comuns você pode decidir qual o melhor para a sua casa! Claro, "o melhor" depende do resultado de uma combinação de "o que preciso" e "quanto quero gastar"...

Ou seja, escolha o vidro cuidadosamente respeitando as especificações e o seu bolso!

Arrivederci!






18.6.15

Vale a pena trocar minhas lâmpadas?

Bambinos,

Estamos vendo muita gente sair correndo aos mercados para trocar todas as lâmpadas de casa para economizar energia elétrica... Mas vale a pena?

Antes de mais nada, vamos a um pequeno esclarecimento sobre os tipos mais comuns de lâmpada para uso residencial:

Lâmpada incandescente
Também chamadas de lâmpadas comuns, são baratas, fáceis de serem recicladas e não apresentam materiais tóxicos em sua produção. Porém gastam muita energia e tem baixa eficiência: apenas 10% da energia elétrica que ela gasta é convertida em luz, os outros 90% se perdem em forma de calor.

Lâmpada fluorescente compacta
As lâmpadas fluorescentes compactas duram até 8 (oito) vezes mais que as incandescentes e tem uma eficiência energética – em média – 4 (quatro) vezes superior. No entanto, em seu interior existe vapor de mercúrio, nocivo à saúde se não for descartado corretamente. Também tem um custo elevado em relação às lâmpadas comuns. Outro fator importante é que esse tipo de lâmpada “não se dá bem” em locais onde a luz seja acesa e apagada várias vezes, como corredores de passagem, podendo queimar com maior facilidade.

Lâmpada de LED
Queridinha do momento, as lâmpadas de LED são as mais econômicas, as mais eficientes energeticamente falando e as que duram mais tempo. Claro, sempre tem um porém, e no caso das lâmpadas de LED o porém é o preço bem superior às demais aqui listadas.

Tudo bem Seu Lule, com o preço da energia elétrica no Brasil, eu vou correr no mercado e comprar um monte de lâmpada de LED e com o que vou economizar de energia eu pago as lâmpadas!

Calma filho, não é bem por aí...

De acordo com estudo do Planeta Sustentável, em cinco anos de gastos de energia elétrica em uma casa 20 pontos de luz, utilizando em média 10 lâmpadas acesas durante 6 horas e considerando o custo de R$ 0,30 para 1kWh consumido.

O estudo comprova que em 5 (cinco) anos o custo com lâmpadas fluorescentes é o que mais vale a pena.

Obviamente, se queimar uma lâmpada em sua casa, escritório, etc., compre uma lâmpada de LED porque, mesmo não economizando dinheiro de imediato, você estará ajudando o planeta!

Abraço do nôno.

 Clique para ver o infográfico maior
(clique na imagem para ver o quadro maior)


15.6.15

Massa corida ou massa acrílica?

Olá!

Umas das principais dúvidas de nossos clientes é sobre a utilização de massa corrida para preparação e regularização de paredes.

Para esse fim, existem alguns produtos no mercado, sendo que cada um deles possui características específicas que devem ser observadas antes da decisão sobre qual utilizar. Vamos lá?

Massa corrida (ou PVA)
É uma massa mais “porosa”, que deixa a parede “respirar”. Isso faz com que a massa corrida seja indicada apenas para paredes internas. Após a secagem é mais maleável e fácil de lixar.

Massa acrílica
Ao contrário da massa corrida, a acrílica apresenta uma camada menos porosa, podendo ser utilizada em paredes externas. É mais “dura” que a massa corrida, tornando o lixamento mais trabalhoso.


Multimassa
É um composto relativamente novo, que funciona bem em qualquer aplicação, principalmente para “tampar buracos”, mas tem um custo mais elevado.

Gesso
Basicamente, funciona como a massa corrida, mas pode receber qualquer tinta.

Assim, fizemos um resumo para ajuda-los:

1. Massa corrida
Preparar, regularizar e “fechar buracos pequenos” de paredes internas não sujeitas à umidade, e que serão pintadas com tinta PVA.

2. Massa acrílica
Preparar ou regularizar paredes externas que serão pintadas com tinta acrílica;
Preparar ou regularizar paredes internas que serão pintadas com tinta acrílica;
“Fechar buracos pequenos” de paredes externas ou sujeitas à umidade, por exemplo, banheiros.

3. Multimassa
Reparos pequenos em paredes internas ou externas, que receberão qualquer acabamento. A multimassa consegue fechar buracos maiores que a massa acrílica e corrida, e seca mais rápido. Por ter um custo elevado, não compensa ser utilizada para preparar as paredes para pintura.

4. Gesso
Por ser mais trabalhoso, utilizamos apenas em reparos de maiores proporções.

Tem mais alguma dúvida? Nos escreva (lulexplica@gmail.com) e tentaremos esclarecer!

Abraço do Vô Lule!


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